segunda-feira, 20 de junho de 2016

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Exorcismo [Resenha]

Informações Técnicas
Título: Exorcismo
AutorThomas B. Allen
Páginas: 254
Tipo de Capa: Dura
Ano: 2016
Editora: DarkSide Books
Nota: 10/10

Tai um livro (diário!?) que não indico para quem tem coração fraca e medo do capiroto! Se tiver medo de possessão recomento parar de ler a resenha e ir ler um livro clássico de romance porque a coisa é pesada nesse livro. Depois dessa leitura barulhos estranhos (gatos no telhado, carro passando na rua, uma colher caindo na cozinha) não serão como antigamente, tudo fará você sobressaltar (fez a mim que sou uma profunda assombrada quando o assunto são as obras do devil).

“LIVRAI-NOS DE TODO O MAL, AMÉM.”

Como dito na discrição do livro, ele é a história real que inspirou o filme mais assombroso de todos os tempos, que fez as pessoas desmaiarem, saírem vomitando do cinema, daí já sente o naipe do conteúdo.
O livro narra uma história real, de possessão, que aconteceu em 1949. Robert era um menino normal de 14 anos vivendo com a família até que ganhou uma tabua de ouija (a sobrecapa do livro replica essa tábua e o marcador de páginas é o planchette) da tia, essa tia morre e então começa a saga para livrar o Robert de um espírito, que inicialmente acreditava-se ser sua tia e depois comprova-se que não.  O livro descreve, com maestria, todo o trajeto do personagem, tem o timer perfeito. Mostra com precisão os feitos do mau em todo. Do desgaste do Robert, o desespero da família ao estado de exaustão por aqueles envolvidos no exorcismo.
A abordagem do livro é muito sutil, sem o personagem descendo da escada de ponta cabeça, como no filme, e talvez por isso passa a ser mais assustador pois passa a ideia de que aquilo que está acontecendo no interior do menino é real, plausível, palpável e sujeito a acontecer com qualquer um. Me peguei, em diversos momentos, angustiada, tendo que dar uma pausa, e pela “opressão” que o livro exerceu sobre mim optei por lê-lo apenas durante o dia.
Thomas B. Allen tem o meu respeito pois cada página do livro foi escrito com sensibilidade e conseguiu transmitir, com exatidão, as emoções de cada pessoa envolvida na história.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

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Menina Má [Resenha]


Informações Técnicas
Título: Menina Má
AutorWilliam March
Páginas: 272
Tipo de Capa: Dura
Ano: 2015
Editora: DarkSide Books
Nota: 7/10

Resenha

O livro aborda um tema polêmico e real, embora quase não se ouve falar, apesar do termo PSICOPATA não ser permito até que o indivíduo tenha atingido a maioridade e até lá sendo diagnosticado por "Transtorno de Conduta"
Falando sobre a arte do livro: A capa do livro adota o paralelo da história. As aparências enganam. Tudo no livro foi feito com um cuidado assombroso. A capa dá a sensação de ser emborrachada, como de praxe a folha de guarda preta, com papel de excelente qualidade, já vem com um marca página físico, uma fitinha azul, combinando com os tons de azuis da capa. A Darkside vem apostando em uma capa mais limpa, sem o nome do livro que geralmente vem impresso na lombada, a estrutura física do livro é impecável.
A história: Rhona é uma garotinha de 8 anos, bonita, alegre, sociável, é quase como toda garota da sua idade com a "sutil" diferença que ela não tem empatia pelas pessoas, tudo é forjado, tudo é forçado. No fundo Rhoda é uma menininha egoísta, mimada e interesseira, sua proximidade com as pessoas é na base do interesse e caso a pessoa tenha alguma coisa que ela queira muito, algo trágico acontece com essa pessoa e é difícil alguém achar que uma doce menina de 8 anos tenha alguma participação no evento. O que torna Rhoda diferente das outras crianças da sua idade? O que leva Rhoda a ser cruel e desumana? Onde seus pais erraram na formação dessa criança para que ela não tenha empatia alguma para com os outros, e até mesmo para com os pais?
A história de desenrola no ambiente familiar e escolar, não explorando muito os cenários e focando no enredo. Em alguns momentos vejo uma necessidade quase que desesperadora do autor mostrar que tem conhecimento da Psicanálise e por isso coloca um personagem que julguei forçado e desnecessário. Também senti que o autor deixou a desejar na transição das falas do personagens. Diálogo versus pensamento. Vi genialidade no eventos que inicia na página 200 (sem spoiler. rsrsr)
Indico o livro, por sua história e como todo Darkside, por seu capricho quase que patológico em fazer tudo absurdamente perfeito.