terça-feira, 21 de setembro de 2010

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Apolo


Uma das doze divindade gregas do Olimpo, uma das divindades mais ecléticas da mitologia greco-romana, que recebeu grande reverência desde os tempos dos gregos primitivos até os romanos e, conhecido primordialmente como uma divindade solar, também representou o ideal grego da jovem beleza masculina e era o deus dessa juventude, ajudando na transição para a idade adulta. Filho de Zeus e da titã Leto, e irmão gêmeo da deusa da caça Artêmis e pai de Asclépio (Esculápio) e de Orfeu, tornou-se o deus do sol, da luz, da música, da poesia, da juventude, dos esportes e da caça e ainda o deus da profecia: o senhor de todos os oráculos, inclusive o de Delfos, o mais célebre de todos os lugares de profecias. Também tinha sua parte negra, quando ele usa o arco, para disparar dardos letais que matavam os homens com doenças ou mortes súbitas, e também considerado o deus das pragas de ratos e dos lobos, que atormentavam muitas vezes os gregos. Depois de ter morto a serpente Pitho que aterrorizava as pessoas, em comemoração a essa façanha, ele instituiu os Jogos Pithios, cujo vencedor nas competições de força, velocidade ou corrida de carruagens era coroado com uma coroa de louro. Fundador de cidades, dava boas leis, era um deus puro e justo e que curava os doentes, venerado junto com este em grandes templos-hospitais, onde se curavam várias doenças, sobretudo através do sono. (Fauno), que havia inventado a gaita, desafiou-o para uma competição musical que devia tocar a lira, e apesar da bela música tocada por (Fauno ou Silvano), tocando a lira que ganhou como um presente de Hermes, a canção sua foi tão impressionante que foi imediatamente declarado vencedor. Todos concordaram, menos Midas, seguidor de , e então o vencedor transformou suas orelhas de Midas em orelhas de asno. Midas tentou esconder as orelhas debaixo de um grande turbante, mas o seu cabeleireiro conhecia o segredo e não conseguia guardá-lo. Não ousando dizê-lo a ninguém, cavou um buraco no chão, cochichou o acontecido dentro do buraco e depois o cobriu. Mas uma moita espessa de juncos nasceu e se pôs a sussurrar a história a partir daquele dia, cada vez que o vento soprava sobre eles. Por espalhar que era o melhor arqueiro entre os deuses, irritou Eros (Cupido), o deus do amor, e este vingou-se disparando uma de suas flechas no coração do desafeto e uma outra no coração da ninfa Dafne, filha do deus-rio, Pineus. O deus logo apaixonou-se por Dafne que costumava andar pelas florestas e, como Ártemis, a deusa da caça, não queria se casar. Ele perseguiu-a, mas ela se negou a parar e foi voando, seguida por ele, determinado em apanhá-la. Cansada e prestes a cair no chão, Dafne chamou o seu pai, o deus-rio, para salvá-la. No exato momento em que ela ia ser apanhada, Dafne foi convertida em um pé de louro (Dafne, em grego, significa louro). Sem poder casar com a amada e por amá-la tanto, ele decidiu que as coroas que seriam usadas para distinguir as cabeças dos vencedores dos Jogos Típicos deveriam ser feitas com galhos de louro. Tomou partico na famosa guerra de Tróia, defendendo esta cidade, dizimando os aqueus com praga quando estes ofenderam o seu sacerdote troiano, e acabando por matar Aquiles. Em época mais tardia foi identificado com Hélios, deus do sol, pois era antes o deus da luz, e por arrastamento a sua irmã foi identificada com a deusa Selene, da lua. Mitologicamente foi um deus de inúmeros amores, mas que nunca teve sorte, por vingança de Eros, deus do amor. Na mitologia etrusca, foi conhecido como Aplu e era venerado no Chipre, com o título de Abeu.

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Ártemis ou Diana


Uma das doze divindade gregas do Olimpo, a mais popular das deusas do panteão grego, inicialmente ligada à floresta e à caça, depois associou-se também à luz da lua e à magia. Filha de Zeus e Letó e irmã gêmea de Apolo e conhecida pelos romanos como Diana. Sua mãe foi perseguida por Hera, a deusa rainha protetora do casamento e do parto, que não quis receber quando estava preste a dar à luz, pois odiava e perseguia as amantes de Zeus e os filhos de tais relacionamentos. Esperando gêmeos chegou a ilha de Delos e deu a luz no monte Cinto, primeiro ela, que revelou os seus dotes de deusa dos nascimentos auxiliando no parto do seu irmão gêmeo, Apolo. Seu pai, presenteou-a com arco e flechas de prata, além de uma lira do mesmo material e seu irmão Apolo ganhou os mesmos presentes, só que de ouro, obra de Hefesto, o deus do fogo e das forjas, também seu irmão por parte de pai, e também deu-lhe uma corte de Ninfas, e fê-la rainha dos bosques. Sendo considerada a mais pura e casta das deusas, era particularmente amada pelas Ninfas e com elas dançava freqüentemente nas florestas como a luz prateada da lua. Representava para as mulheres o que Apolo representava para os homens. Sendo uma infatigável caçadora e, apesar do seu voto de castidade, apaixonou-se perdidamente pelo jovem Órion ou Orionte, filho de Posêidon, também era um grande caçador como ela. Mas seu irmão gêmeo não gostava dele e muito lhe desagradava a afeição da irmã pelo jovem e, enciumado, decidiu impedir sua irmã de consorciá-lo. Ardilosamente, uma vez estavam os dois em uma praia quando seu irmão percebeu Órion mergulhado na água e somente com a cabeça de fora. Apolo mostrou-lhe aquele objeto escuro para a sua irmã, desafiou-a em acertá-lo. Vaidosa e sem saber que se tratava da cabeça de Órion, ela prontamente retesou o arco e acertou-a com sua flecha. As ondas trouxeram o corpo de Órion até a praia e ela, em sua dor, não querendo que o amado desaparecesse para sempre, colocou-o entre as estrelas do céu, onde ele aparece como um gigante com cinto e espada, vestindo pele de leão e segurando uma clava, acompanhado pelo seu cão, Sírius. Era muito severa também com os mortais que ousavam desafiá-la. Certa vez, como de costume banhava-se nas águas das fontes cristalinas; quando foi surpreendida pelo caçador Acteon que ali se dirigiu para saciar a sede. A vê-lo transformou-o em um veado e tornou-o vítima da sua própria matilha que o estraçalhou. Depois que Agamêmnon matou um cervo em um bosque consagrado a deusa, exigiu do grego o sacrifício de sua filha, Ifigênia, para que os ventos voltassem a soprar e permitissem a partida da frota grega para Tróia. Posteriormente, teve pena da jovem e não deixou que ela fosse sacrificada e levou-a consigo até seu santuário e ali Ifigênia tornou-se sacerdotisa. Foi freqüentemente confundida com Selene ou Hécate, também deusas lunares e é conhecida como Cíntia, devido ao seu local de nascimento, e foi ao longo dos tempos uma fonte inesgotável da inspiração dos artistas.

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Hefesto ou Vulcano


Uma das doze divindade gregas do Olimpo, o Vulcano dos romanos, deus do fogo, da metalurgia e das erupções vulcânicas, o ferreiro divino dos deuses e construtor de seus palácios, armas e ferramentas. Era o filho feio e deformado de Zeus e de sua esposa Hera, foi responsável, entre outras obras, pela égide, escudo usado pelo pai em sua batalha contra os titãs. Certa vez sua mãe Hera discutiu com Zeus a respeito de Héracles e ele tomou partido a favor da mãe. Então Zeus zangado agarrou-o pelo pé e o atirou do Olimpo abaixo. Ele foi cair no fundo do mar onde foi cuidado pela titânia Tétis, que lá morava e o levou para a ilha de Lemnos. Porém não recebeu apoio da mãe por seus defeitos físicos, montou suas oficinas na ilha de Lemnos. Para se vingar, fabricou um trono esplendoroso e o mandou para sua mãe no Monte Olimpio, como presente. Ela sentou-se nele e imediatamente, correntes invisíveis ataram-se em sua volta e ela não conseguia levantar-se. Ares, o Marte romano, deus da guerra e seu principal rival, tentou libertar Hera, mas bateu rapidamente em retirada frente as chamas do deus do fogo. No entanto, Dionísio, deus do vinho e seu amigo, embriagou-o e o levou ao céu, onde ele libertou a rainha e passou a residir novamente no Monte Olimpo. De volta ao Olimpo, como deus do fogo, tornou-se o ferreiro divino e instalou suas forjas no centro dos vulcões. Construiu para si um magnífico e brilhante palácio de bronze, equipado com muitos servos mecânicos. Ali fabricou entre outras grandes obras, os raios e o trovão de Zeus, o tridente de Poseidon, a couraça de Héracles e as flechas de Apolo. Por ordem de Zeus, como pelo arrependimento da antiga rejeição, deu-lhe em casamento Afrodite, a Vênus romana, a mais bela das deusas. Embora o amasse realmente, foi-lhe infiel, tendo vários amantes dentre eles deuses e mortais, pois suas traições refletiam as outras faces do amor. Descobertas as traições, confeccionou uma rede invisível em que aprisionou Afrodite e seu amante Ares para expô-los ao ridículo diante dos outros deuses e se vingar das traições da esposa. Divorciou-se de Afrodite e casou-se com as Cárites. Outra das suas célebres criações foi a armadura para o herói Aquiles. Após a morte do seu amigo Pátroclo na guerra de Tróia, Aquiles decidiu entrar de novo no conflito, mas não tinha armadura, pois a havia dado a Pátroclo. Naquele momento, a mãe dele Tétis, procurou o deus do fogo, no Monte Olimpo, e pediu que ele fabricasse uma nova armadura para o seu filho. Concordando fabricou uma esplêndida armadura, um escudo decorado com representações elaboradas e uma braçadeira com adornos que representavam a terra, o céu, o mar, o sol, a lua e as estrelas. Além do escudo, o deus do fogo criou também um capacete com uma crista que lhe protegia o peito. Apesar de ser motivo freqüente de escárnio nas lendas gregas por causa de seu defeito físico, foi muito venerada pelas dádivas por ele concedidas aos mortais e de suas forjas saiu Pandora, a primeira mulher mortal. Patrono dos ferreiros e dos artesãos em geral e lendariamente responsável pela difusão da arte de usar o fogo e da metalurgia. Era geralmente representado como um homem de meia-idade, barbado, vestido com uma túnica sem mangas e com um gorro sobre o cabelo desgrenhado.

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Hércules


O mais célebre dos heróis da mitologia grega, um semi-deus, o símbolo do homem em luta contra as forças da natureza. Era filho de Zeus e Alcmena, a virtuosa esposa de Anfitrião. Para seduzi-la, Zeus assumiu a forma de Anfitrião enquanto este estava na Guerra dos Sete Chefes. Quando seu marido retornou e descobriu o que tinha acontecido, ficou tão irado que construiu uma grande pira e teria queimado Alcmena viva, se Zeus não tivesse mandado nuvens para apagar o fogo, forçando assim Anfitrião a aceitar a situação. Desde que nasceu teve de vencer as perseguições de Hera, que tinha ciúmes dos filhos de Zeus com outras mulheres. Tanto é que, com oito meses de vida estrangulou com as mãos duas serpentes que a deusa mandou ao seu berço para o matarem. Ainda criança revelou seu talento heróico e matou um leão selvagem no Monte Citéron. Protegido pela deusa Atena, sua entusiasta defensora, na vida adulta sobressaiu-se pela sua enorme força e suas aventuras foram maiores e mais espetaculares do que as de qualquer outro herói, tornando-se muito popular, desde os tempos mais antigos. Por livrar a cidade de Tebas de um tributo que tinha de pagar à de Orcómeno, o rei da primeira, Creonte, filho de Meneceu, casou-o com a sua filha mais velha, Mégara. Num acesso de loucura provocado por Hera, matou os filhos tidos com Mégara. Após recuperar a sanidade, foi a Delfos consultar um oráculo sobre o meio de se redimir desse crime e poder continuar com uma vida normal. O oráculo ordenou-lhe que servisse, durante doze anos, o seu primo Euristeu, rei de Micenas e de Tirinto. Pondo-se ao seu serviço, o rei, simpatizante de Hera, que não cessava de perseguir os filhos adúlteros de Zeus, impôs-lhe, com a oculta intenção de o eliminar, doze perigosíssimos trabalhos, gerando a lenda da sua maior realização: Os doze trabalhos de Hércules. O primeiro trabalho foi quando se dirigiu a Beócia, cidade próxima de Tebas, e perseguiu e estrangulou apenas com as mãos um enorme leão, o invulnerável leão de Neméia, que devorava os rebanhos de Anfitrião e de Téspio. A caçada durou cinquenta dias consecutivos, durante a qual foi hóspede de Téspio, período em que se uniu com cada uma das suas cinquenta filhas e gerou a aguerrida descendência conhecidos pelos Tespíadas, que se espalharam até a Sardenha. O segundo trabalho foi a destruição da hidra de Lerna, uma cobra aquática com várias cabeças, que ao se decepar uma cabeça, duas cresciam em seu lugar. Depois veio a captura viva do feroz javali do Monte Erimanto, e a captura da corça do Monte Carineu, o animal era sagrado da deusa Artemis. O quinto trabalho foi a expulsão dos pássaros estinfalos do Lago Estinfalo em Arcádia, comedores de homens e que podiam atirar suas penas como se fossem flechas, episódio em que contou com a ajuda do deus Hefesto. Ainda no Peloponeso realizou o sexto trabalho, que foi a limpeza dos currais do Rei Áugias de Élida, que possuía grandes rebanhos de gado, mas cujos currais nunca tinham sido limpos. Seu sétimo trabalho foi o primeiro fora de Peloponeso: a captura do selvagem e fez touro de Creta, que depois foi solto e teria sido morto por Teseu, em Maratona. Então Euristeu o enviou à Trácia para trazer os cavalos devoradores de homens de Diomedes. Cumprida a tarefa, foi imediatamente mandado tomar e trazer a cinta da rainha das Amazonas, as margens do Mar Negro. Seus três últimos trabalhos, foram realizados fora das fronteiras do mundo grego. Primeiro foi a distante Eritéia, para buscar o rebanho de Gérião, figura assombrosa de que tinha um corpo triplo, que era auxiliado por um feroz pastor chamado Euritão e um cachorro de duas cabeças e rabo de serpente chamado Orto. Depois de eliminar estes inimigos mortais, Euristeu o enviou para o Mundo Inferior com a missão de trazer Cérbero, o próprio cão do Inferno. Para esta tarefa contou com a ajuda de Hades e a rainha Perséfone. Seu último trabalho: foi trazer para Euristeu, os Pomos do Ouro de Hespérides, frutas douradas que eram a fonte da eterna juventude dos deuses. A árvore era cuidada pelas ninfas chamadas Hespérides e guardada por uma serpente, e situava-se no jardim abaixo das montanhas onde o poderoso Atlas sustentava os céus em suas costas. Como essas maçãs simbolizavam a imortalidade, este trabalho final significou que ele pode ascender ao Olimpo, tomando seu lugar entre os deuses eternos. Assim tornou-se o super-homem grego, sendo muitas das estórias de seus feitos interessantes contos de realizações sobre-humanas e monstros fabulosos.

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Afrodite


Uma das doze divindade gregas do Olimpo, deusa da beleza e do amor correspondente à romana Venus, porém, ao contrário da última, não representava apenas o amor sexual, mas também a afeição que sustenta a vida social. De acordo com as crenças mitológicas, foi nascida da espuma do mar gerada quando o pai dos titãs Urano foi castrado por seu filho Cronos. Este atirou os genitais cortados do pai ao mar, que começou a ferver e a espumar e promoveu a fecundação em Tálassa, deusa do mar. A mais antiga dos deuses olímpicos ergueu-se da espuma e foi levada pelas ondas até chegar a ilha de Chipre e assim Kypris (= cipriota) foi um dos vários adjetivos que lhe foram atribuídos. Em outra versão seria filha de Zeus com Dione, filha de Urano e Tálassa. Criada e educada pelas ninfas do mar em suas cavernas, a deusa da beleza e do amor foi levada pelo mar, de ilha em ilha, encantando a todos com sua beleza e graça. Era acompanhada pelas três Cárites, ou Graças como eram também conhecidas, Aglae, Tália e Eufrosina, que faziam grinaldas para os seus cabelos e teciam vestidos com as mais belas cores. Essas fatiotas enchiam o ar com as mais inebriantes fragrâncias florais. Chegando ao Monte Olimpo, onde um trono a esperava e os deuses aguardavam-na, seu enorme poder sedutor fez com que Zeus e os demais deuses disputassem o tempo todo os encantos dela, porém ela recusou suas propostas de casamento. Zeus, para recompensar Hefaístos (Vulcano), que lhe havia fabricado o trovão, e também ressentidos como vingança e punição pela rejeição, deu-a em casamento ao feio e deformado deus do fogo. Entre ela e Hera, a esposa de Zeus, não havia muita simpatia, especialmente pelo fato de que ela ter sido indicada mais bela do Olimpo. Para não ser traído pela mulher, Hefesto dava-lhe as melhores jóias do mundo, inclusive um cinto mágico do mais fino ouro, entrelaçado com filigranas mágicas. Então ela usava o cinto, para aumentar seus já irresistíveis encantos e conquistar mais amantes. Amou e foi amada por muitos deuses e mortais e dentre seus amantes mortais, os mais famosos foram Anquises e Adônis. Teve filhos com vários deles como Hermafrodito com Hermes, Eros, o deus do amor e da paixão, com Zeus, Anteros com Adônis, Fobos, Deimos e Harmonia com Ares, Himeneu com Apolo, Príapo com Dionísio e Enéias com Anquises. Também não admitia que nenhuma outra mulher mortal tivesse uma beleza comparável com a sua, punindo todas que possuíssem tal beleza ou mesmo que se atrevessem em comparar a beleza com a sua, como aconteceu com Psiquê e Andrômeda. Foi provavelmente uma das divindades mais veneradas por parte de todos os povos gregos e romanos, suas festas eram chamadas de afrodisíacas e eram celebradas por toda a Grécia, especialmente em Atenas e Corinto. Com o passar do tempo e com o crescimento da religiosidade patriarcal, a deusa não perdeu sua mensagem de sexualidade liberal e passou a ser vista como frívola e promíscua. Era representada como uma mulher com uma coroa de flores, um ramo de oliva em uma das mãos e um símbolo da abundância na outra. Um dos mais belos e importantes templos de todo o Império Romano, situado na Vía Sacra de Roma, era consagrado a essa deusa. Sua construção foi iniciada por Agripina e terminada por Vespasiano, e lá depositaram-se todas as riquezas saqueadas do grande templo de Jerusalém. Originário de Chipre, o seu culto estendeu-se a Esparta, Corinto e Atenas. Ela tinha o poder de inspirar amor nos corações humanos ou destruí-los e encarnava a perfeição da beleza feminina. A famosa estátua, a Vênus de Milo, e a mais conhecida e apreciada peça da escultura mundial, hoje, se encontra no Museu de Louvre, em Paris.

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Atena

Atena é a Deusa grega da sabedoria e das artes conhecida como Minerva pelos romanos. Atena era uma Deusa virgem, dedicada a castidade e celibato. Era majestosa e uma linda Deusa guerreira, protetora de seus heróis escolhidos e de sua cidade homônima Atenas. Única Deusa retrata usando couraça, com pala de seu capacete voltada para trás para deixar a vista sua beleza, um escudo no braço e uma lança na mão.
Contradizendo com seu papel como uma Deusa que presidia às estratégias da batalha na época de guerra e às artes domésticas em tempo de paz, Atena era também apresentada com uma lança em uma das mãos e uma tigela ou roca na outra.
Era protetora das cidades, das forças militares, e Deusa das tecelãs, ourives, oleiras e costureiras. Atena foi creditada pelos gregos ao dar à humanidade as rédeas para amansar o cavalo, ao inspirar os construtores de navios em sua habilidade, e ao ensinar as pessoas a fazerem o arado, ancinho, canga de boi e carro de guerra. A oliveira foi seu presente especial a Atenas, um presente que produziu o cultivo das azeitonas.
A Deusa Atena foi retratada com uma coruja, ave associada à sabedoria e de olhos proeminentes, duas de suas características. Cobras entrelaçadas eram apresentadas como um modelo no debrum de sua capa e escudo.
Quando Atena era retratada com outro indivíduo, esse sempre era do sexo masculino. Por exemplo, era vista perto de Zeus na atitude de um guerreiro de sentinela para seu rei. Ou era reconhecida atrás ou ao lado de Aquiles ou de Odisseu, os principais heróis gregos de Ilíada e da Odisséia.
As habilidades bélicas domésticas associadas com Atena envolvem planejamento e execução, atividades que requerem pensamento intencional e inteligente. A estratégia, o aspecto prático e resultados tangíveis são indicações de qualidades e legitimidade de sua sabedoria própria. Atenas valoriza o pensamento racional e é pelo domínio da vontade e do intelecto sobre o instinto e a natureza. Sua vitalidade é encontrada na cidade. Para Atena, a selva deve ser subjugada e dominada.
Atena era a filha predileta de Zeus, que lhe concedeu muitas das suas prerrogativas. Ela tinha o dom da profecia e tudo que autorizava com um simples sinal de cabeça era irrevogável. Ora conduz Ulisses em suas viagens, ora ensina às mulheres a arte de tapeçaria. Foi ela que fez construir o navio dos Argonautas, segundo seu desenho e coloca à popa o pau falante, cortado na floresta de Dodona, o qual dirigia a rota, advertindo perigos e indicando os meios de os evitar.
Era na cidade de Atenas que seu culto foi perpetuamente honrado: tinha seus altares, as suas mais belas estátuas, as suas festas solenes e um templo de notável arquitetura, o Partenon. Esse templo foi reconstruído no período de Péricles.

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Hera

Uma das doze divindade gregas do Olimpo, equivalente a Juno, no panteão romano, principalmente venerada como deusa protetora do casamento e senhora dos partos e rainha dos deuses Olímpicos, daí também ser conhecida como Olímpia. Era filha mais velha de Cronos e Réia, era irmã e esposa de Zeus, presidia as três fases da vida da mulher: quando donzela, mulher fértil e senhora. Considerada a protetora das mulheres, estabeleceu-se a ligação com as fases da lua às quais o ciclo menstrual da mulher está associado, e em rituais de purificação as mulheres de Samos utilizavam galhos de lygos para estimular o fluxo menstrual na lua nova - manifestação com a qual era venerada nestas ocasiões. Era muito orgulhosa e obstinada e sempre quis ser mais bonita que Afrodite, sua maior inimiga. Também era ciumenta e agressiva, odiava e perseguia as amantes de Zeus e os filhos de tais relacionamentos, como por exemplo, tentou matar Hércules quando este era apenas um bebê. Conta uma lenda que Hércules destruiu seus sete templos e, antes de terminar sua vida mortal, aprisionou-a em um jarro de barro que entregou a Zeus e, então, foi aceito como deus do Olimpo. O único filho de Zeus que ela não odiava, antes gostava, era Hermes e sua mãe Maia, porque ficou surpresa com a sua inteligência. Em certa ocasião, para mantê-la calma, Zeus amarrou-a com correntes e pendurou-a pelas nuvens, após ter amarrado umas bigornas aos seus pés. Quando se casou com Zeus, recebeu de Gaia, mãe de todas as criaturas, uma árvore que dava maçãs de ouro. As Hespérides, ninfas do poente, velavam os pomos de ouro do Jardim dos Deuses. Eram filhas de Atlas que era filho de Jápeto e de Cimene. Carregava o mundo nos ombros e na Ilíada, ajudou os gregos na guerra de Tróia por ódio dos troianos, devido ao julgamento de Páris. Ela era venerada em vários locais de culto, especialmente em Argos, daí também ser conhecida como Argéia. Seu culto também era muito difundido em Creta e Samos, onde um grande templo foi construído em sua honra pelos Argonautas - templo este que não foi excedido em tamanho por nenhum outro na Grécia. Em Olympia, o Heraion, o Templo de Hera, precedeu em muito o Templo de Zeus. Naquele, corridas de mulheres eram organizadas desde tempos imemoráveis a cada quatro anos, por ocasião dos festejos da Heraia.

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Hermes


Uma das doze divindade gregas do Olimpo, o deus grego dos viajantes, pastores, mercadores, banqueiros, ladrões, adivinhos e arautos, correspondente a Mercúrio entre os romanos, com características de um deus místico do universo. Era filho de Zeus e da ninfa Maia, uma das Plêiades, nasceu na Arcádia, revelando logo extraordinária inteligência. Lendariamente ficou famoso também por ser o único filho que Zeus tivera que não era filho de Hera, que ela passou a gostar, pois ficou impressionada pela sua inteligência. Com suas sandálias aladas, veloz como o vento, ele servia como mensageiro dos deuses e conduzia os mortos para o mundo inferior. Também encantou muitos deuses e outros personagens míticos com o som de suas flautas e liras. Certa vez Io, bela jovem amada por Zeus, foi transformada em novilha branca por ela não ser atacada por Hera. Desconfiada Hera colocou Io sob os cuidados de Argos que tinha cem olhos. Como ele nunca fechava mais do que dois cada vez para dormir, podia vigiar Io constantemente. Então Zeus mandou Hermes salvar a moça. Levando o seu bastão que tinha o poder de adormecer as pessoas, foi ao encontro de Argos tomando a forma de um pastor. Sentou-se ao seu lado, contou histórias e tocou sua gaita com tal suavidade que todos os cem olhos de Argos se fecharam. Então cortou a cabeça de Argos e libertou Io. Hera pegou os cem olhos de Argos e os espalhou na cauda de seu pavão como adorno e assim ficaram até hoje. Mas Hera não terminou seu ciúme de Io e mandou uma grande mosca para atormentá-la. A jovem tentou escapar, jogando-se no mar, que foi chamado a partir de seu nome, de Mar Jônico e nadou até chegar a beira do rio Nilo, onde Hera não mais lhe atormentou e Zeus não mais lhe prestou atenção. Tentou casar com sua irmã, a deusa Perséfone, mas o casamento foi impedido por Deméter, mãe da moça, inclusive tentou resgatá-la do reino dos mortos quando ela foi seqüestrada por Hades. Teve muitas amantes mortais e divinas, entre elas a ninfa Dríope, com quem teve , Acacalis, filha de Minos, Herse, filha de Cécrope, Eupolêmia, Antianira, mãe de Equion, Afrodite, a deusa do amor, com quem teve Hermafrodito, a ninfa Lara, náiade de Almon. Divindade muito antiga, Hermes era invocado, a princípio, como deus dos pastores e protetor dos rebanhos, dos cavalos e animais selvagens e com o tempo também tornou-se adorado como deus do comércio, do vento e da velocidade, da ginástica, dos números, do alfabeto e de muitas outras coisas. Freqüentemente é representado como um jovem de belo rosto, normalmente nu ou vestido com uma túnica curta e trazendo na cabeça um capacete com asas, calçando sandálias aladas e na mão seu principal símbolo, o caduceu doado por Apolo. Como mensageiro ou intérprete da vontade dos deuses, deu origem ao termo hermenêutica.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

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Deméter


Uma das doze divindade gregas do Olimpo, a equivalente deusa Ceres dos romanos, foi a deusa cretense da fertilidade e da agricultura e irmã de Zeus, era também conhecida como a deusa mãe e considerada como deusa da lei, da ordem e do casamento. Filha dos Titãs Réia e Cronos, era a mãe de Perséfone, sua filha única de com Zeus. Com sua filha, Corê, eram adoradas juntas e foi um grande golpe quando sua filha desapareceu. Profundamente abalada pela perda de sua filha, vagou pelo mundo procurando. Seguindo o conselho de Hécate, deusa da noite, pediu a Hélio, o deus-sol e o olho do mundo, que lhe dissesse onde estava sua filha e quem a havia raptado. Ficou profundamente chocada ao saber que fora Hades,o Plutão dos romanos, quem a havia levado para ser a rainha do Érebo, com o nome de Proserpina, ligada ao outro mundo e aos rituais da morte. Prosseguindo em sua tristeza, decidiu não voltar para o Olimpo enquanto sua filha não lhe fosse devolvida e, culpando a terra por ter aberto a passagem para Hades levar sua amada filha, como deusa da terra cultivada, das colheitas e das estações do ano, não permitiu que o solo produzisse nada antes que sua filha voltasse para ela. Assim, durante o tempo em que ficou fora do Olimpo a terra tornou-se estéril, o gado morreu, os grãos não germinaram. Os outros deuses tentaram dissuadi-la, mas ela estava decidida. Finalmente, Zeus concordou que Perséfone deveria voltar, com a condição que ela não comesse nada em Hades, pois quem comesse qualquer alimento nessa região ficava obrigado a retornar. Mas Plutão foi astuto e planejou uma maneira de a prendeu para sempre aos infernos. Ofereceu a Perséfone uma romã, o símbolo do casamento, e ela comeu alguns grãos. No momento em que Perséfone estava partindo na carruagem de Hermes, que Zeus havia enviado para apanhá-la, Hades exigiu que ela deveria passar a metade do ano no mundo dele por ter comido um pouco da romã. Com isso, ficou estabelecido que Perséfone passaria um período do ano com a mãe, e outro com Hades, quando é chamada Proserpina. Desde então, cada vez que Perséfone desce ao mundo dos mortos para encontrar o seu marido, o inverno chega na terra. Quando ela volta para a sua mãe é chamada Core, a virgem, a primavera faz o inverno desaparecer e traz as flores e o verde da natureza e os grãos brotam, saindo da terra. Na qualidade de deusa da agricultura, fez várias e longas viagens com Dionísio ensinando os homens a cuidarem da terra e das plantações. Em Roma, onde se chamava Ceres ou Cora, seu festival era chamado Cerélia e celebrado na primavera. Em geral é representada sentada, tendo em uma das mãos uma foice e na outra um punhado de espigas e papoulas, trazendo na cabeça, uma coroa com esses mesmos elementos, cheia de tetas no peito, todas cheias de leite.