sexta-feira, 16 de setembro de 2011

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Só..!


Mais uma noite fria e cá estou eu, sozinha, pensando em ti. De repente, tudo ficou tão grande, tão exasperadamente vazio. Como pudestes um único ser, conseguirdes tirar-me tanto? Peço-te, devolva-me a paz, a ilusão, os sonhos que me retirastes. Tu não tinhas o direito de entrardes em minha vida... Levardes um pedaço tão grande de mim e deixardes apenas lembranças... Um futuro alvorecia diante de nós... Mas tu insistias em volver teus olhos para o passado, em almejar coisas que já não te pertenciam. Quis-te meu homem... Fiz-me tua mulher... Dei-me por inteiro para ti... Para que? Para ver que tu eras tão pouco... tão menos do que aquilo que eu precisava... Que eu sonhava... Que eu supunha. Quem és e de onde viestes ignóbil ser? Para onde levastes meu príncipe, aquele para quem construí o mais belo de todos os castelos na pureza de meus sentimentos e de meu coração? Onde escondestes aquele que amo? Como podes tu trocá-lo por ti? Não te quero! Não te espero! Trazes de volta aquele por quem suspirei, aquele que preencheu de sonhos e amores minhas noites solitárias. Pões em meus braços de amor e deixa-me amá-lo com a essência de minh’alma... Mas... percebo que tu, ignóbil ser, é na verdade a outra face de meu amado... não... na verdade sois a essência deste corpo... Outrora belo e viril... Hoje marcado e castigado pelo tempo. Não, meu príncipe vive, meramente em meus sonhos... Criação de meus anseios de menina-mulher e de lá, dos recônditos de meu coração permanecerás fazendo morada e sendo o rei deste castelo para todo sempre.


Autoria: Thelma Sohayla Hakim

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