Ao contrário do que a maioria pensa, não somos compostos
de presenças e sim de ausências. Pessoas vêm e vão, levando partes de nós, e
observamos, inertes, como um solitário viajante, no porto, vendo seu navio
zarpar. Pessoas estas que já entram em nossas vidas com papel predefinido, e
que após missão cumprida se vão, para fazer a diferença em outras vidas. Mesmos
cientes dos processos e entre manhas do destino, sofremos. As ausências nos
causam um vazio, é como um quebra cabeça que antes estava perfeitamente
encaixado e que agora, falta uma peça. Preferível é, diante das ausências,
optarmos pelo silêncio, para que no âmago da nossa dor não causarmos feridas
naqueles que apenas cumpriram seus papeis, previamente ditado, pelo destino.
Para aqueles que em algum momento da minha vida
foram presenças, e hoje são ausências, fica aqui o meu “Muito obrigada” por ter
me ajudado, de uma forma, ou outra, definir, quem agora sou.
Júlia Carvalho
Júlia Carvalho
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