sábado, 10 de maio de 2014

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Sozinha...

Ah se você soubesse o que há reservado, em mim, para você.
Mascaro o meu querer, guardo os meus sentimentos, devidamente embrulhados em um sorriso, dentro de mim.
Ah se você pudesse ver além do que mostro a você... Se você soubesse que tudo o que procura, se encontra dentro de mim.
Te quero em silêncio e rogo teu nome, como um mantra, na calada da noite.
Tento resistir a sua invasão, aos meus sonhos, como gotas lentas que se infiltram através da cortina dos meus delírios, você me invade, possui meus pensamentos e consome minha vontade, mina minha resistência, lenta e progressivamente.
E assim, como quem não quer nada, você me domina e me faz tua, me faz seguir teus passos, mendigar seus abraços e ansiar por teus lábios.

Vou sendo tua, e mais tua, dia após dia, noite após noite, mesmo diante do seu negar, do seu não-querer, vai levando embora minhas vontades, roubando lentamente minha sanidade, vai olhando sem me ver.

Júlia Carvalho

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