domingo, 27 de fevereiro de 2011

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Espera..!


Às vezes lhe vejo como que por trás de uma cortina e as coisas que eu gostaria de dizer, mas não posso, jorram por meus olhos, meus dias tem sido longos sem você aqui, ainda tenho todas as cartas que não lhe enviei e que nunca enviarei, meu olhar corre por esta prisão de solidão que você me deixou, um cárcere em meio à devassidão que chamo de liberdade. E quem disse que quero ser liberta? Anseio pela prisão dos teus braços, dos teus beijos, do teu amor. Sussurro nossa música em meio ao meu silêncio na esperança que o vento leve as notas até você. Quem mandou você ir e me deixar aqui perdida no meio desse emaranhado de lembranças que insistem em voltar dia após dia, noite após noite? Meus dedos correm por entre os fios da minha memória na esperança de lhe tocar, mas você não está lá, apenas às lembranças forjadas de tudo o que um dia poderíamos ser. Em meio ao arrastar do tempo, ainda te olho, ainda te vejo e cada vez mais desejo você aqui.

Autoria: Júlia Monteiro

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