domingo, 19 de setembro de 2010

0

Aqui estou eu...


Aqui estou eu... parada no relento a espera do seu grito que vira no vento dizendo pra eu voltar
Aqui estou eu... parada no meio da vida armando e premeditando juras de amor pra lhe falar
Aqui estou eu... no meio do nada do deserto árido que se tornou a minha vida depois que você se foi
A qui estou eu... mãos estendidas pro vazio tentando rasgar o fino manto da noite que insiste em cobrir os olhos teu
Aqui estou eu... peito rasgado... corpo despedaçado pela falta que você me faz
Aqui estou eu... coberta pelo manto da dor até descobri que cor ela tem
Aqui estou eu... olhando as estrelas ao som de Classic recusando a voltar pro sótão que se tornou minha vida desde que você partiu
Aqui estou eu... a espera de um movimento... um gesto... uma palavra... uma coisa que mude o rumo dos pensamentos meus
Aqui estou eu... digerindo... engolindo... e recusando teu silêncio... a tua voz que chega no vento e diz que é hora de partir
Aqui estou eu... com meu coração numa taça coberto por uma fina camada... suculenta e gostosa de amor
Aqui estou eu... mandando o bom senso por inferno e dizendo que o inverno da tua ausência dói demais
Aqui estou eu... quase me conformando com sua partida... trancando a minha vida a sete chaves... cerrando os portões do meu bem querer... e então meu amor... será tarde demais... e depois disso poderás gritar em alto e bom som e esmurrar as grossas correntes que cercarão a minha vida... que da minha alta torre não vou descer.

Autoria: Júlia Monteiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário aqui!